QUE FUTURO PARA COIMBRA QUE COIMBRA PARA O FUTURO – CONTRIBUTOS PARA UM DEBATE NECESSÁRIO. Bonapartismo Doença Infantil do Municipalismo

 

Começámos há 4 anos, em Dezembro de 12, no Cantinho dos Reis, Casa da Esquina, Galeria de Santa Clara, em assembleias abertas com o objectivo de passar da anterior fase de democracia participativa para a fase de democracia representativa.
Em Janeiro de 13, fizemos um compasso de espera para auscultar as esquerdas municipais para a hipótese de uma proto coligação jasmim, sem sucessos após 4 reuniões.

Em 4 de Março, anunciámo-nos no café Santa Cruz com a Carta Fundadora.
Submetemo-nos a uma dolorosa lei eleitoral e com empenho cívico de muitas/os recolhemos as mais de 4 mil assinaturas necessárias para validar a nossa candidatura. Concorremos a 9 das 20 autarquias de Coimbra (18 assembleias de freguesia, assembleia municipal, câmara municipal).

Fizemos uma campanha eleitoral digna e sistemática.
Definimo-nos como um movimento exclusivamente municipal de Coimbra, sem sede, sem funcionários, de voluntários, com um corpo estatutário muito simples. Em que a única diferença está em que para votar e ser eleito há a necessidade de subscrever uma adesão à Carta Fundadora e o pagamento de uma quota simbólica.

Elegemos 14 autarcas, 1 vereador, 4 deputados municipais e 9 de freguesia. Fomos a 4ª força política com +- 10% dos votos.
Na sua sabedoria, os eleitores deram-nos o resultados ideal, para nem desistirmos nem nos deslumbrar-nos.
Nem somos um partido político clássico nem um moderno partido pirata.
Privilegiamos a divulgação da nossa mensagem face a face mas não ignoramos igualmente o facebook.
Fomos, de entre os movimentos nacionais de cidadãos com candidaturas “bottom up”, um dos que obteve melhores resultados.
Estão connosco cidadãs e cidadãos filiados em partidos políticos cooperando com outras que não o são.
Orgulhamo-nos das nossas autarcas e dos nossos autarcas,
Temos uma direcção de 10 membros e uma executiva de 4, eleitos em assembleias abertas que se realizam trimestralmente.
Temos vários Grupos de Trabalho Temáticos e Residenciais.
Obrigado a todas e a todos os que nestes 4 anos trabalharam em prol de Mais e Melhor Democracia e da II República em Coimbra.
Sinto-me orgulhoso de pertencer a este colectivo que nunca expulsou ninguém e a todos acolhe de braços abertos desde que venham por bem.
As próximas eleições autárquicas, em data a marcar pelo Governo, deverão ocorrer a 1 de Outubro do próximo ano, dentro de 10 meses.
Olhando para o quadro político municipal, para o percurso passado e previsível dos outros concorrentes, que avalio muito negativamente, para o nosso percurso, que avalio muito positivamente.
Só vejo uma decisão como lúcida para os Cidadãos Por Coimbra.
Reafirmar a nossa intenção de tudo fazer para que, neste final de 2016 e ao longo de 2017, no maior número possível das 20 autarquias, haver candidaturas do CpC, submetendo-nos de novo à lei eleitoral, agora previsivelmente mais benévola, adaptando o movimento às estruturas mínimas necessárias para recolha de assinaturas, escolha de candidatas/os, direcção de campanha, sede, orçamento, programa, comunicação.
Dando, assim, à cidadania municipal a possibilidade de ter uma escolha moderna, republicana e profundamente democrática, com visão cosmopolita do futuro.
Tive o privilégio de, nestes 4 anos, integrar campanhas eleitorais para o Parlamento Europeu, Assembleia da república, Presidenciais, no nosso município e vizinhos.
Apercebi-me do muro que se ergue na Praça 8 de Maio e do Muro de Lamentações oriundo da Cidadania, de mediadores sociais, de empresários, clamando por um melhor governo de Coimbra.
É chegada a hora de tomarem todos nota, cidadãos e colectivos, que neste município coexistem que, só dando força à nossa candidatura, poderão contribuir para a implosão desse bunker e desse muro.
Agora somos nós que dizemos, não há condições em Coimbra, para reproduzir a montante uma proto coligação jasmim.
E a jusante veremos.
Confio na decisão que vier a ser tomada e vou respeitá-la. Podem contar comigo para os tempos que se avizinham.
A Convenção Autárquica de 10 de Dezembro, evocativa dos 40 anos do Poder Local, iniciativa da ANMP e da ANAFRE, conforme programa divulgado, será um hino ao presidencialismo. Connosco NÃO À VÃ GLÓRIA DE MANDAR!
Bilbao afundou-se em 1985 e demorou 20 anos a erguer-se.
Detroit afundou-se em 2012 e procura levantar-se penosamente.
Coimbra afunda-se mas parece não querer salvar-se.
A II Revolução Industrial colapsou, arrastando com ela as representações corporativas, deixando um rasto de pobreza e desnorte, no território e nas famílias.
A III Revolução Industrial está pujante e ruidosa.
A IV Revolução Industrial chegou silenciosa.
A quebra demográfica e a perda de competitividade da Universidade levará a que em 2030 o número dos seus alunos caia para metade.
O neoliberalismo pretende um Portugal Califórnia da Europa.
Coimbra rendeu-se à Disneylandização do seu território, transformado num Parque Temático Turístico para quem o visita durante breves horas.
A Startupização de Coimbra está a criar uma geração de acidadãos, apolíticos, ademocratas, que mal se vão distinguindo dos robôs, dos cobots, dos exa-esqueletos.
O estudo e as medidas preventivas resultantes do impacte ambiental das alterações climáticas, anunciado nos recentes Mapas CIRAC continuam menosprezados.
Coimbra necessita de uma plataforma estratégica Coimbra 2030, centro de reflexão e estudos prospectivos para recuperar alguma soberania. Envolvendo o poder executivo (Câmara) e deliberativo (Assembleia Municipal, o poder científico (Universidade e ensino superior), o poder económico (empresas), a economia colaborativa e a cidadania.
Somos um movimento pela Republicanização da República.
Queremos proceder ao resgate da Democracia Representativa.
Em Coimbra não há Machado que corte a raiz ao pensamento e à nossa acção cívica!

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