Resposta do CpC a um comunicado da concelhia de Coimbra do PS sobre a “Via Central”

Tendo tomado conhecimento do comunicado divulgado pela secção concelhia de Coimbra do PS, a propósito da proposta de referendo sobre a denominada “via central” formulada pelo CPC, importa dizer o seguinte:

1-A matéria em questão é demasiado séria e importante para Coimbra para ficar sujeita à demagogia e ao populismo bem expressos no dito comunicado.

2-O PS local, atenta a prática autárquica seguida pelo atual executivo municipal, nos últimos dois anos e meio, antes de acusar os outros de imobilismo, devia perguntar-se, por que, durante este período temporal:

i) não se requalificou praticamente nenhum edifício nesta zona, apesar da existência de projetos?

ii) o complexo de edifícios denominado “Jardins do Mondego” continua no estado que é conhecido e que constitui a nódoa mais negra da gestão urbanística das maiorias PS e PSD/CDS?

iii) apesar das inúmeras insistências do CPC, a Sociedade de  Reabilitação Urbana (SRU) continua sem atividade até ao momento atual, não se vislumbrando solução para suprir o seu objeto?

3-Os Cidadãos por Coimbra são favoráveis a todo e qualquer projecto inserido numa verdadeira estratégia de valorização e de requalificação da Baixa de Coimbra, incluindo, por exemplo, o projecto do Arquitecto Gonçalo Byrne que já se encontra aprovado por diversas agências de controlo ambiental e patrimonial e que o executivo municipal pura e simplesmente ignorou.

4.Os Cidadãos por Coimbra manifestam-se veementemente contra a intenção de demolir, pavimentar e alcatroar sem projecto uma zona de alta sensibilidade patrimonial e ambiental.

5-A Câmara Municipal de Coimbra prepara a abertura de um buraco urbano no coração da área que é Património da Humanidade, sem um projecto de requalificação associado ao diagrama de pavimentações e de demolições que apresentou publicamente.

6-O CPC reitera a sua decisão de propor um projeto de referendo para deliberação da Assembleia Municipal para o que procurará a necessária articulação com as forças políticas aí representadas que se mostrem disponíveis para o efeito.

7-O CPC lastima que o PS local tenha medo da pronúncia popular seja qual for o tema, como o demonstra a circunstância de ser praticamente o único município do Distrito de Coimbra onde não se encontra em vigor o Orçamento Participativo.

 

Coimbra, 20.05.2016

 

A Comissão  Executiva do Movimento Cívico Cidadãos Por Coimbra

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