Terreiro da Erva “… muito mais do que uma praça esburacada.”

Porque nem tudo o que parece é, e porque uma praça esburacada e degradada, a precisar de intervenção urgente, pode ser mais do que uma praça esburacada. E porque isso é especialmente verdade numa cidade como Coimbra, onde debaixo de cada pedra se pode esconder uma relíquia arqueológica, o Movimento Cidadãos por Coimbra, congratulando-se com a requalificação do Terreiro da Erva, cedo alertou para que a urgência das obras não pusessem em causa o património arqueológico que se sabia ali existir, nomeadamente as ruínas da Igreja de Santa Justa. É pública a posição do CPC a este respeito, mas não foi esse o entendimento do executivo camarário, que aprovou e adjudicou de forma apressada e, na nossa opinião, imprudente, as obras de requalificação da praça. Às inquietações muito fundadas do CPC o presidente da Câmara de Coimbra que, como o outro, raramente tem dúvidas, respondeu em declarações ao jornal Público, tratar-se de “um incidente marginal e absolutamente ignorante”. Mais uma vez verifica-se que a ignorância vem de quem devia ter mais cautelas, como o demonstra o artigo de Correia Gois (Diário de Coimbra, 31 de Janeiro de 2016) que anexamos.