Cidadãos por Coimbra debatem área da cidade classificada como Património Mundial

“O movimento cívico Cidadãos por Coimbra (CPC) afirmou hoje que a área da cidade classificada como Património da Humanidade pela UNESCO, em junho de 2013, ainda não foi alvo de “qualquer intervenção” por parte dos responsáveis.
No último ano, “não se viu qualquer mudança” na área da cidade classificada pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), que se mantém “sem qualquer intervenção”, no sentido de a recuperar, preservar e promover, sustentou hoje o vereador da Câmara de Coimbra, eleito pelo CPC, José Augusto Ferreira da Silva.
“Não houve [naquela zona] qualquer consequência, não houve nenhuma melhoria”, nem sequer “foi colocada uma plaquinha”, sinalizando a área, “continua a faltar limpeza” das ruas e praças, “não mudou nada”, sublinhou o autarca, concluindo que Coimbra “perdeu um ano”.
Ferreira da Silva falava hoje numa conferência de imprensa para, designadamente, anunciar que o CPC vai promover um debate para “fazer um balanço e prosseguir a reflexão” sobre a classificação da Universidade como Património Mundial.
O encontro, que terá lugar na terça-feira, a partir das 21:00, no Salão Nobre do Tribunal da Relação de Coimbra, no Palácio da Justiça (antigo Colégio de São Tomás, integrado no património classificado), surge na sequência da reflexão que o movimento tem vindo a promover e que foi iniciado dez dias depois da declaração da UNESCO, referiu Abílio Hernandez Cardoso.
O debate contará com intervenções dos docentes universitários António Filipe Pimentel, Delfim Sardo, Rui Lobo, Raimundo Mendes da Silva e Hernandez Cardoso.
O património classificado é da Universidade, mas “isso não significa que a responsabilidade” por ele lhe caiba só a ela, advertiu Hernandez Cardoso, questionando se “o Estado e a autarquia [de Coimbra] estão a cumprir as suas responsabilidades”.
“O património é vital para a cidade”, salientou.
O CPC revelou, por outro lado, que a petição pública que criou em “meados de agosto” para “exigir do Governo a concretização da obra” do metropolitano ligeiro de superfície na cidade e no ramal ferroviário da Lousã, já foi subscrita por cerca de três milhares e meio de pessoas.
Embora o documento possa ser subscrito “online”, o CPC está empenhado em recolher assinaturas através do contacto pessoal, em diversos pontos dos concelhos que serão diretamente servidos pelo projeto Metro Mondego (Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo).
O CPC lamenta que o presidente do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) não tenha autorizado uma dessas ações junto à entrada dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) e sobretudo que se tenha limitado a responder à solicitação do movimento informando-o de que tinha “indeferido” o pedido, “sem dar qualquer explicação” para a decisão, disse o vereador Ferreira da Silva.
“Uma atitude destas não merece resposta” do CPC, sustentou o vereador.”
LUSA, 19 de Setembro de 2014.
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