O Circo Pindérico da Praça da República

[Tesourinho Deprimente nº1] José Reis #
Futebol, Mundial, Brasil, 2014. Passaram pela Praça da República nestes dias? Viram o que lá está? Haverá coisa mais pindérica, deprimente, inestética do que aquilo? Um ecrã para os jogos. Certo. E à volta? Farturas, barracas de cervejas, tudo o que deprime qualquer lugar! E lá fica, a ocupar o espaço do mau gosto. Estamos numa das nossas melhores praças, à frente do Jardim da Sereia e do TAGV, ao cimo da Sá da Bandeira. Aquilo que lá puseram é mesmo a cara do poder autárquico que temos, de tudo o que promove a degradação da cidade. Para eles está bem, corre-lhes no sangue. Mas nós não queremos. Não queremos a cidade usada por tanta boçalidade. Não foi para isto que se fizeram cidades. Se fosse para isto, não eram precisas. Bastariam os abarracamentos! Não queremos a Praça da República transformada naquele circo. Claro que também não queremos o circo escondido, posto noutro lado, em sítio esconso. Reuniões festivas ao ar livre? Muitas! Espaços de convivência e encontro? Outros tantos! Usar o desporto para tornar a cidade viva? Certamente! Mas com um mínimo de jeito, que diabo! Ver futebol tem de ser aquilo? Tem de ser a “cultura” da fartura? Não tem! Fica registado. Eles são assim. Mas nós não gostamos! Tirem já!
José Reis, 23 de Junho de 2014
Nheee…. eu acho que há problemas mais interessantes de serem divulgados e contestados. A grande maioria do target dessa praça (jovem e pseudo jovens), adora esse mau gosto. Não o adora eternamente, mas durante um mundial, why not?
Pinderico ? Ha tanta coisa pinderica de verdade, foi sim uma boa iniciativa, não gosta ? Vá então fechar -senumcentro comercial, certamente sua opinião bem mais proveitoso e deixe estar que ha muito quem goste de boas iniciativas e não sujeitar-se a ser somente mais um ccomendador de sofá que não está bem com nada, HAJA MAIS VIDA EM COIMBRA!
Haja mais vida em Coimbra. Disse bem.
Mas repare, nem tudo o que brilha e mais barulho faz tem mais vida. Pelo contrário. Disfarça-a muito bem do que é o essencial.
Mundial, ecrãs gigantes, farturas, tudo bem.
Mas subscrevo o José Reis: façam-no com um bocadinho mais de jeito.
É normal que a estética visual não afecte 90% dos portugueses quando temos uma educação que afasta a educação do sensível e promove apenas o estudo matemático, econômico e histórico de tantas outras coisas. Quando no resto da Europa os museus estão cheios de crianças, pois o ministério da educação está em sintonia com o da cultura (Portugal é o único país da Europa em que isso não acontece), Portugal recebe e produz das melhores exposições mundiais e tem os museus vazios de crianças e adolescentes.
Sara Silva, dê uma volta pela Europa. Olhe para as praças das cidades de Itália, França, Eslovénia, Croácia, Suíça, Filandia, Dinamarca, Espanha, etc.
E depois regresse a Coimbra e veja com olhos de ver a Praça da República.
Tenho a certeza que a sua opinião irá mudar.
Lol mais um pseudo intelectual revoltado com a vida xD
Não Pedro. É mesmo com esta cidade. 🙂
E volte sempre a esta bancada, para dar respostas também pseudo.
Um abraço.
Ao menos dão aos cidadãos e estudantes um espaço de convívio onde todos podem viver o desporto! só um CEGO é que não vê que apenas as cidades que desenvolvem este tipo de iniciativas é que crescem. A passividade só torna a cidade, que em tempos foi a 3ª do País, na 8º.
Se me agrada esteticamente o espectáculo da praça? Nem por isso. Mas parece-me menos ofensivo que muitas outras coisas por essa cidade fora. Farturas sempre são mais úteis que igrejas (e de menos mau gosto, e de menos repercussões sociais negativas, certamente, se descontarmos o colesterol e os diabetes). E, estético ou não, prefiro a praça assim (activa e animada, ainda que movida a fartura e fino) do que no marasmo habitual em que se encontra nesta altura do ano, em que Coimbra se começa a converter num deserto para o verão. Pode ser feio, mas ao menos não sou assaltado às 3 da manhã no meio da praça. Gabo o vosso sentido estético, mas troco-o por conveniência à primeira oportunidade. Prioridades.
Não podia estar mais de acordo!
“Farturas, barracas de cervejas, tudo o que deprime qualquer lugar! E lá fica, a ocupar o espaço do mau gosto.”
Quando é a queima das fitas ou a latada ninguém se preocupa com o estado ou a imagem da cidade que é transmitida …e o dito “mau gosto” passa a ser um “bem precioso” .
Este José Reis é uma pessoa muito séria… A mania da grandeza dá nisto. Enfim…
Vamos ver se alguém se queixa do “abarracamento” que se gera na queima das fitas. Estudantes em figuras tristes, a sujarem, estragarem, humilharem… Alguém se queixa? Não… Porcos e palhaços são os desgraçados que vivem de festas ao ar livre . Que precisam disto para comer… Sem comentário possível … Escondam-se.
Eu sou de Coimbra e tenho mais vergonha da tal estudantada alcoolizada e das barracas de cerveja à beira da estrada rodeadas de lixo do que duma barraca de farturas no centro de uma praça que de ah uns anos para cá só é usada como “espaço de vómito”, preocupem-se com coisas decentes, um bocadinho de cultura nunca fez mal a ninguém.
Caro BS, a Praça da República já foi e continuará a ser usada para muitas coisas, nomeadamente culturais.
Que se use o espaço público. Que este seja habitado por todos da forma mais apelativa e confortável possível (o que não me parece bem sucedido neste caso).
Julgo que o que o José Reis quis transmitir, tem muito mais que ver com a forma deste acontecimento do que com o conteúdo mais básico e importante que é o encontro entre as pessoas.
E é esta forma, muito parecida à actual festa estudantil, que também me desagrada. E não me lembro de quem a tenha considerado, neste grupo de cidadãos, como “um bem precioso”.
Considero ainda que as preocupações do CPC são decentes e importantes. Mas falam-se uma de cada vez, cada uma a seu tempo. E se a cultura nunca fez mal a ninguém? Pelo contrário, esse tema é também debatido aqui, às vezes exaustivamente. Mas sobre o seu significado, julgo não termos a mesma percepção. E não tem mal, pois teremos com certeza outras afinidades, como gastar algum tempo a responder a um texto escrito por um elemento de um grupo de cidadãos.
Bem haja o debate sobre as coisas! Já era tempo disto acontecer. Porque todos os debates sobre todas as coisas, só não serão úteis se não quisermos entender e alargar pontos de vista. Ou apenas pensar sobre elas.
gostava de saber — porque tenho os impostos muncipais pagos — as custas / custos do contrato com a/as empresa/s que ocupam a Praça da República. gostava e tenho o direito, como cidadã. quanto a achar-se pindérico ser = a estar de mal com a vida: beeeemmm, discordo: quem está de mal com a vida talvez não tenha tempo/capacidade/disposição / etc para se distanciar e analisar o mundo em que vive. comer e calar, sim: é próprio de quem está mal com a vida e assim continua/rá (por calar…) . maria toscano, de bem com a vida e enojada com o que vai na Praça da República (não só avalio como pindérico como, ainda por cima, como nojento pois vivo numa cidade que deve respeitar os seus habitantes — ruído ‘aos berros’ num espaço público NÃO respeita) — … opiniões, ainda possíveis de ser expressar, veja-se lá! Maria Toscano (nota: não responderei a resposta a este comentário meu.)
corrigenda: municipais
Exmo. Dr. José Reis,
Respondendo a uma das suas questões, há sim algo mais “pinderico” que um ecrã para ver os jogos e as associadas barracas de cerveja que lhe retiram o prazer de desfrutar de tão belo local (como sua excelência considera a Praça da República e o Jardim da Sereia). Falo como é óbvio da grande quantidade de outdoors partidários que durante todas as campanhas de promessas de gaveta inundam o “tão belo” (prefiro chamar-lhe de “esquecido”) Jardim da Sereia.
Basta me recuar a 2013 para me recordar desse “lindo” espaço natural repleto de “lixo” de campanha. Entre eles encontrava-se, e manteve-se durante longas semanas, uma “pinderica” foto dos elementos do Movimento Cidadãos Por Coimbra de grandes dimensões. Será que o Doutor José Reis já não se recorda?
Na minha modesta opinião isso é bem mais pinderico que a criação de espaços temporarios de convívio no centro de uma cidade pobre com meia dúzia de pseudo-doutores que não se querem misturar em tais festividades da plebe.
Limito-me a dizer que criticar é fácil, mas fazer melhor é que é difícil. Ficamos à espera de alguma iniciativa de mais bom gosto proporcionada pelos senhores críticos.
Ora aí está uma boa proposta.
Que nos dê a autarquia recursos, ou apenas pareceres favoráveis para boas iniciativas.
E de “mais bom gosto”, como refere.
Isso é que era!
Não é por falta de propostas, tentativas de reunião e ideias. A(s) resposta(s) é que tarda(m)!
Continuo a sonhar, mas confesso que com pouca esperança numa simples resposta para uma reunião com o pelouro da cultura e patrimônio.
Imagino que saiba, que para se intervir no espaço público ou classificado é obrigatório um parecer favorável da autarquia.
Eu também estou à espera…
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